domingo, 16 de junho de 2013

Embraer enfrenta grandes expectativas por novos E-Jets em evento do setor

Presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, na sede da empresa em São José dos Campos, a 100 km de São Paulo, 14 de maio de 2013. A brasileira Embraer, a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, vai para a Paris Air Show com crescentes expectativas para o lançamento de sua próxima geração de jatos regionais, que têm levado suas ações para perto das máximas de 5 anos. 14/05/2013 REUTERS/Nacho Doce

PARIS, 16 Jun - A brasileira Embraer, a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, vai para a Paris Air Show com crescentes expectativas para o lançamento de sua próxima geração de jatos regionais, que têm levado suas ações para perto das máximas de 5 anos.
O presidente-executivo da empresa, Frederico Curado, deve anunciar na segunda-feira planos para uma linha de jatos comerciais com novos motores entrando em serviço em 2018, segundo analistas. Após dois anos de estudos, a fabricante de aviões está preparada para revisar os E-Jets, com novas asas, aviônica atualizada, e motores turbo da Pratt & Whitney.
Os motores mais eficientes devem ajudar a Embraer a manter a liderança conquistada recentemente para o segmento de 70 a 120 assentos, afastando novos desafios como o Mitsubishi Regional Jet, e mantendo a pressão sobre versões menores do rival CSeries da Bombardier.
A grande questão é se a Embraer tem as encomendas para lançar sua nova linha com destaque. Na sexta-feira, a empresa anunciou a adição tardia de uma segunda coletiva de imprensa no evento sobre jatos comerciais, alimentando expectativas de que têm novidades para divulgar. A Embraer não quis comentar sobre a especulação.
"Na Paris Airshow você vai vê-los anunciando, provavelmente, os primeiros pedidos firmes para uma família completamente remotorizada de E-Jets", disse Richard Aboulafia, vice-presidente da consultoria de aviação Teal Group.
A decisão da Embraer de defender seu nicho atual é "muito inteligente", disse Aboulafia. "O mercado não quer novas fuselagens ou novas aeronaves, quer novos motores."
As gigantes da indústria Airbus e Boeing Co abriram uma torrente de nova demanda nos últimos dois anos, com aeronaves re-motorizadas, elevando o nível de eficiência de combustível.
A canadense Bombardier, que competiu durante décadas com a Embraer no segmento de jatos regionais, tem como foco os CSeries de 110 a 130 lugares, mas contabiliza apenas 177 encomendas.
A Embraer também pode competir com o CSeries, elevando o número de assentos do maior E-Jet, o E-195, de 110 a 120 assentos para a faixa de 130 lugares - uma opção que a fabricante chegou a estudar.
A brasileira já colocou a Bombardier na defensiva recentemente com uma campanha agressiva de vendas entre companhias aéreas norte-americanas que renovam suas frotas de aviões regionais com até 76 assentos.
A Embraer tem obtido a maior parte desses contratos ao longo dos últimos sete meses, com 117 pedidos firmes da United Airlines e das operadoras regionais SkyWest e Republic Airways - além de opções adicionais de 247 jatos.
A demanda elevou a carteira de pedidos da Embraer após ter atingido uma mínima de 6 anos e alimentou um rali de 30 por cento de suas ações na Bovespa neste ano, para seu nível mais alto desde o final de 2007.
Da Bombardier o único contrato importante dos EUA no mesmo período veio de um acordo de dezembro, com a Delta Air Lines, com 40 pedidos firmes e 30 opções para seus aviões CJR900.

É provável que a American Airlines assine o último grande contrato nessa categoria por um tempo, disse o presidente-executivo da Embraer à Reuters no mês passado.

Por Brad Haynes - Reuters Brasil

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