Foi um choque.
Outro tapa na cara do torcedor.
Logo depois do festival de violência.
Vem a incompetência mudar o que aconteceu nos gramados.
Para abalar de vez a credibilidade no futebol brasileiro.
Toda a emoção, as lágrimas, a desolação das Laranjeiras.
A festa, as promessas cumpridas no Canindé.
Nada disso foi para valer.
A péssima campanha do Fluminense não deverá valer o rebaixamento para a Série B.
Todo o esforço do time de Guto Ferreira foi por água abaixo.
O tapetão vai outra vez alterar o resultado no campo.
O advogado da Portuguesa, Osvaldo Sestário, teria errado.
E informou à direção do clube que o atleta Heverton tomou um jogo de suspensão.
Havia sido expulso contra o Criciúma.
Ficou de fora contra a Ponte Preta.
Mas diante do Grêmio estava no banco de reservas.
Entrou aos 32 minutos do segundo tempo.
Não fez nada de útil.
Mas os cerca de 15 minutos devem mudar o Brasileiro.
Não há a menor dúvida.
Ele foi suspenso por duas partidas.
Esteve de forma irregular em campo.
A punição prevê a retirada de três pontos e mais quantos sua equipe conquistou.
Como houve o empate, a Portuguesa deverá perder quatro pontos.
E ser rebaixada no lugar do Fluminense.
Fred chorou sem necessidade.
A decepção dominará os torcedores.
Assim como já assola os jornalistas.
Tantos jogos assistidos, comentados à toa?
Para tudo ser definido no tribunal, graças a um possível erro infantil?
É um golpe forte demais.
Independente de ser Fluminense ou o time que for.
O vexame incomoda.
E tem todos os indícios que devem se concretizar.
A diretoria da Portuguesa passou a fugir da imprensa após o caso revelado.
Quando confrontada, dava meras desculpas.
O presidente Ilidio Lico queria conversar com Osvaldo Sestário.
Entender como ele pôde se confundir dessa maneira.
Alterar o destino de dois clubes com seu erro burocrático.
Jogar a Portuguesa na Segunda Divisão.
E evitar o rebaixamento merecido do Fluminense.
A situação é descabida, mas real.
Está muito bem detalhada no regulamento do Brasileiro.
O procurador do STJD, Paulo Schmidt, vai denunciar a Portuguesa.
Terá de cumprir a sua obrigação.
E avisa que o Flamengo cometeu o mesmo desatino.
Mas com André Santos, expulso na final da Copa do Brasil.
Mas que atuou, suspenso, por uma erro a direção flamenguista o escalou.
Ele jogou contra o Cruzeiro.
Sua suspensão valia para qualquer competição organizada pela CBF.
O time carioca também perderá quatro pontos.
Só não será rebaixado por causa de Heverton e a sua Portuguesa.
Após a violência indecente de Atlético Paranaense e Vasco, agora isso.
Outra vez o Campeonato Brasileiro está desmoralizado.
O país da Copa do Mundo ainda tem clubes despreparados para o futebol profissional.
Que frustram não só seus torcedores.
Mas todos que decidem acompanhar o longo torneio.
De abril até dezembro.
Na expectativa de quem será o campeão.
Os classificados para a Libertadores.
Os rebaixados.
Depois de tudo definido, surgem os atos covardes.
Como o da diretoria vascaína querendo anular o jogo contra o Atlético Paranaense.
Pelo árbitro ter esperado o tempo mais do que previsto no regulamento para recomeçar o jogo.
O auditores do STJD já estavam prontos para não dar ganho à tentativa de golpe.
Quem acompanha futebol se mostrava tranquilo.
Nada mudaria.
Os 5 a 1 seriam respeitados.
Do lado das Laranjeiras, tudo já estava se complicando.
Torcedores invadiram o clube exigindo explicações do presidente.
Peter Siemsen teve de pedir desculpas pela queda para a Segunda Divisão.
Mal sabia ele que estava falando à toa.
A escalação errônea do jogador da Portuguesa pode transformar tudo.
Está tudo do lado do Fluminense.
E contra o futebol brasileiro.
Contra quem acompanhou os jogos.
Principalmente a rodada final.
Com a emoção à flor da pele.
Acreditou na dramaticidade da rodada.
No fracasso dos cariocar.
Mas agora vem a burocracia e tem tudo para mudar.
Alterar o resultado do campo.
Dos oito meses de competição.
"Estou perdido até agora. Então, duas situações, o Dr. Valdir (outro advogado da Portuguesa) vai até o Rio pedir a gravação do julgamento, no qual o nosso advogado do Rio diz que o Héverton pegou apenas uma partida. Só que o documento diz que o Héverton recebeu duas partidas. A situação está nebulosa, estranha.
"Entendemos assim: ou o nosso advogado lá no Rio passou por telefone errado, coisa que nos últimos oito ou nove anos nunca aconteceu, ou quem digitou o documento digitou errado os dois jogos de suspensão. Temos que apurar logo cedinho na CBF."
O vice Roberto Santos da Portuguesa estava com tom de voz descrente.
Mostra que há algo de muito errado no ar.
O que mais revolta é que o Fluminense não fez nada.
A Portuguesa conseguiu se enrolar sozinha.
E estragar esse final de torneio.
Dar uma tapa na cara da credibilidade do futebol em 2013.
Infelizmente tudo indica que a mudança será irreversível.
Mas lógico.
Há sempre uma situação incômoda.
O fato de a CBF indicar Sestario para trabalhar para clubes da Série B,C e D.
De graça.
Agora vem o erro do advogado que José Maria Marin indica.
Triste coincidência.
Que pode custar a Segunda Divisão à Portuguesa.
A volta à Série A para o Fluminense.
E a revolta de quem acompanha e acredita nos jogos no País.
Mais um vexame que fere a credibilidade do Campeonato Brasileiro...
Por R7.com editado por Cosme Rímole
Nenhum comentário:
Postar um comentário